CARTÃO DO PARTIDO É PASSAPORTE  PARA O SUCESSO

Professores, advogados, médicos de renome, todos se curvam ao cartão do partido. É a senha secreta, o código do cofre. É o verdadeiro diploma, o que enche o cofre. Na empresa, chefes olham a tua competência, mas sem o cartão, falta a essência. És brilhante, és dedicado, tens sapiência, mas o cartão é quem dita a permanência.

Por Malundo Kudiqueba

A inteligência é boa, a ética também, mas sem o cartão, não vais muito além. Quem ousa viver sem ele, é um herói, mas na prática, a tua vida transforma-se num inferno.

Oh, os rebeldes sem cartão, corajosos e fortes, desafiam o sistema, enfrentam os cortes, mas sabem que o preço é viver na margem, pois sem o cartão, só terás dificuldades.

O cartão é a chave que abre todas as portas em Angola, no governo, nos negócios, em todas as direcções. Com ele és um príncipe em terras de leões, sem ele não terás oportunidades.

Aos jovens que sonham, com um futuro brilhante, saibam que em Angola, o jogo está duro. Estudem, sim, mas não esqueçam o detalhe… O cartão do partido, esse é o grande trunfo.

O cartão sagrado, símbolo de poder, com o seu brilho mágico, todos querem ter, pois no final das contas, em terras de bravura, és tu, cartão de membro, a nossa maior ventura.

Diplomas são importantes, isso ninguém nega, mas em Angola, é o cartão que se entrega, com humor e ironia, continuemos a cantar, celebrando o cartão, a nossa verdadeira paixão.

Em Angola, você não precisa ser inteligente. A inteligência aqui é uma questão diferente. Não é medida por livros ou sagacidade, mas pelo cartão do partido, essa é a verdade.

Os sábios e eruditos, com o seu conhecimento vasto, ficam na sombra, no anonimato casto, pois sem o cartão de membro, pouco importa o que sabem, e o que importa é o cartão que trazem no bolso.

Na escola, aprendemos a ler e a escrever, mas na vida real, a nossa inteligência está no nosso cartão. Esqueça a matemática, a ciência, a arte. O cartão do partido é quem nos conduz ao triunfo.

Nas filas da vida, com o cartão na mão, sou tratado com honra, sou um campeão, enquanto os sábios, com seu saber profundo, esperam no banco, perdidos no mundo.

E rimos, rimos dessa realidade insana, onde a inteligência é uma piada mundana, pois em Angola, o verdadeiro trunfo, é o cartão do partido, o nosso maior espólio.

Se decides caminhar sem o cartão, o teu caminho será difícil, um tanto embaraçoso, és visto com estranheza, talvez até com pena, pois sem o cartão, viver será um sacrifício.

Na busca por emprego, currículo exemplar, mas sem o cartão, ninguém te vai olhar. “Você é qualificado, sem dúvida alguma, mas onde está o cartão?”, essa é a pergunta.

No dia da graduação um momento de glória, os pais aplaudem os filhos, celebrando a vitória, mas, no fundo, sabem bem a dura realidade. O cartão de membro é quem dita a verdade.

Os diplomas são lindos, enfeitam a prateleira, mas sem o cartão, o futuro é nublado. Estudaram com afinco, noites sem dormir, mas sem o cartão, o destino é incerto.

“Parabéns, meu filho!”, dizem com emoção, mas pensam silenciosos, “Onde está o cartão?” Na festa da graduação, há sorrisos e flores, mas no coração dos pais, há outras dores.

O cartão de membro, pequeno e discreto, é o verdadeiro passaporte, o verdadeiro caminho, para empregos, contratos, respeito e poder. É o cartão que abre portas, podem crer.

“Você é inteligente, dedicado, brilhante, mas sem o cartão, o caminho é frustrante,” dizem os pais, com um sorriso irónico, pois em Angola é o cartão que torna tudo mais fácil.

Os filhos posam para fotos, diplomas na mão, mas logo entendem, precisam de outro plano, buscar o cartão, o símbolo da esperança, pois sem ele, o futuro é uma incógnita.

Os pais então riem, com humor resignado. Sabem que o jogo está bem armadilhado. Inteligência é boa, mas o cartão é o rei, e sem ele, meu filho, nem adianta dizer “chegou a minha vez”.

“Estudei tanto, mãe, consegui formar-me,”
“E agora, meu filho, onde está o cartão?”

Pois em Angola conhecimento não é poder, o cartão de membro é a passagem obrigatória para alcançar o poder.

Oh, Angola, terra de contrastes tão claros, onde o conhecimento é deixado de lado, a inteligência aqui é um jogo de cartas, e o cartão do partido é quem abre as portas.

Qual a finalidade de ser um grande estudioso, se um cartãozinho te dá mais valor? Estudar noite e dia, buscar sabedoria, quando um cartão de membro te dá a real alegria?

Imagina só, diplomas na mão, mas sem o cartão, és só mais um cidadão, podes ser um génio, um mestre na tua arte, mas sem o cartão, nunca serás escolhido.

“Para quê ser inteligente?”, pergunto-me todos dias, se com um cartão, ganho tudo o que quero, não preciso esforçar-me. O cartão é a minha identidade.

Com o BI, eu posso votar e viajar, mas com o cartão do partido, eu posso sonhar, emprego garantido, desfrutar de favores, é o passaporte para um futuro risonho.

Diplomas e certificados, guardados com fervor, no armário ficam, a acumular pó e teias de aranha, pois sem o cartão mágico, que é quase um tesouro, serás um sábio pobre, sem futuro, sem louvor.

Em Angola, a terra de encanto e brilho, há um documento que vale mais do que ouro fino. Não é o bilhete de identidade, que delírio, mas o cartão de membro, nosso hino divino.

Oh, cartão de membro, tu brilhas como estrela, com o teu poder supremo, a vida é mais bela. Afinal, quem precisa de identidade formal, se um simples cartão garante sucesso?

Na universidade, diplomas são um mito. É o cartão que define o verdadeiro talento. A inteligência aqui é uma questão de contactos e não de conhecimentos ou dedicação.

O cartão do partido vale mais que os diplomas universitários, nos concursos públicos as pessoas são escolhidas em função da sua filiação partidária, não importa se és doutor, engenheiro ou arquitecto. Sem o cartão do partido, os teus sonhos ficam desnutridos e depois destruídos.

Num país onde tudo pode mudar, quem sabe um dia o BI voltará a reinar. Mas até lá, com humor e ironia, celebramos o cartão, a nossa verdadeira magia.

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